sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Banda procura o sucesso

Gritos, muitos gritos. Um som que acordaria a vizinhança e assustaria uma criança. Assim é possível descrever o som da banda porto-alegrense “Straz”. Vencedora de seis concursos só em um ano, além de cinco festivais ganhos, e dona de oito músicas próprias, a “Straz” possui reconhecimento internacional por países como Romênia, Irlanda do Norte e Portugal em seus vídeos expostos na Internet, no canal Youtube.

A banda, fundada em 2006, teve ainda outros dois nomes: “Jack Death” e “Negative Zero”. O último, antecessor do nome “Straz”, era derivado de uma música da banda. Hoje, a “Straz” ensaia para tentar voltar a tocar em festivais de bandas iniciantes em Porto Alegre e no Estado. De acordo com o guitarrista Vicenzo Bosa, o sonho dos integrantes é conseguir se sustentar pela música: “'Nosso objetivo é viver da banda, é o que gostamos de fazer e acreditamos no nosso potencial”.'
Vicenzo, um dos fundadores, junto com o vocalista Arthur Petry, acredita que há espaço para as músicas que são feitas pela banda: '“O nosso som tem futuro. Os jovens estão esperando músicas novas, e isso é o que nós iremos oferecer'”, afirma Vicenzo.
Eduardo Sachini, baixista da banda, conta que a letra das músicas compostas pela banda são baseadas em sentimentos dos integrantes: '“Tudo o que sentimos é posto no papel. Claro, sem perder a filosofia do som pesado. Não cantamos sobre a menina que se foi. É sobre auto-estima, alegria, energia. Nada de tristeza.' Ele comenta, ainda, que o vocalista é o responsável pelas letras e o restante da banda é responsável pelos arranjos musicais.
A banda, vencedora de festivais, foi convidada a tocar em Bento Gonçalves, após serem observados em shows na capital, onde cerca de 500 pessoas estiveram presentes.

Influenciada por sons de bandas estrangeiras como Limp Bizkit, Reveille e The Prodigy, além de bandas nacionais como Charlie Brown Junior, a banda já possuiu outra formação, que não a de hoje. Arthur Petry (vocalista) e Vicenzo sempre estiveram presentes na banda. O baixista Eduardo Sachini, entretanto, só entrou agora. Seu antecessor era Igor Angel. Os quatro componentes têm entre 19 e 22 anos e são estudantes universitários. A exceção do baterista Greg Scheinder, os outros três componentes, Arthur Petry, Vicenzo Bosa e Eduardo Sachini, se conheceram através do convívio escolar.


HISTÓRICO DOS INTEGRANTES:
Arthur Petry -– Vocalista. Junto com Vicenzo, é um dos fundadores. Formado no 3° ano do segundo Grau pelo Colégio Americano, de Porto Alegre, Arthur, 20 anos, cursa Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e está no 3° semestre. Seu sonho é trabalhar como jornalista de opinião ou como músico.

Vicenzo Bosa –- Guitarrista da banda, 19 anos. Também formado no 3° ano do segundo Grau pelo Colégio Americano, onde conheceu Arthur Petry. Vicenzo, hoje, estuda na Unisinos, em um curso de música. Seu sonho é trabalhar com música.

Eduardo Sachini –- Baixista da banda, 22 anos. Estuda Publicidade e Propaganda na PUC-RS, onde conheceu o vocalista Arthur Petry. Entrou na banda em 2009. Seu sonho é trabalhar com Publicidade, Jornalismo ou na área musical.
Greg Scheinder - –Baterista da banda, 19 anos. Conheceu Arthur Petry e Vicenzo em um festival de música. Foi feito um convite para que ele participasse da banda, que, assim, ganharia um baterista. Seu sonho é trabalhar com música. Ele faz Direito na PUC-RS.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sofrer por ser Ateu

O povo brasileiro se orgulha de ser o país da tolêrancia racial, social, religiosa, sexual, territorial, etc. Motivos que em outros países levam a guerra e a segregação social, aqui são perfeitamente aceitos e vividos em grande harmonia. Atualmente, não é aceito socialmente discriminar qualquer um destes grupos. As pessoas que insistem no preconceito são mal vistas e excluídas. Em alguns casos são até processadas e eventualmente condenadas. O último preconceito socialmente aceito, ou não condenado, é justamente o preconceito com os ateus. Pode-se discriminar, fazer chacotas, mostrar repulsa ou constranger. Sendo contra ateus ninguém vai lhe olhar torto por isso.

Um ateu não pode mostrar as suas idéias sem sofrer um violento ataque. Por outro lado, tem de aceitar a ideologia dos demais sem retrucar. O ateu é condenado a ser respeitoso e sofrer todo tipo de desrespeito. Por exemplo, um ateu não pode dizer a um espírita o quão sem sentido é a idéia de acreditar em reencarnações ou fantasmas. O catolicismo, blindado e inatacável, não pode ser criticado. O ateu não pode dizer o quanto hipócrita é uma pessoa que se diz católica e que essas histórias de anjos, demônios, santos e tudo o que envolve essa religião não tem nada de diferente de todas as outras mitologias. Imagine, leitor, se esse texto fosse atacando um ateu e seus ideais. Com toda a certeza você não estaria sentindo essa repulsa por estar lendo um ataque aberto às crenças alheias. O que o blog tenta dizer aqui, é que ateus ouvem todo tipo de bobagem com respeito e com ar cordial, pois assim um verdadeiro cidadão deve fazer.

Em uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, foi relatado que 17% das pessoas entrevistadas afirmaram ter repulsa ou ódio aos descrentes em Deus, 25% declararam antipatia e 29%, indiferença. "No item antipatia, os usuários de drogas aparecem com um ponto percentual a menos (24%). À pergunta sobre quais as pessoas que menos gostam de encontrar, 35% responderam que são os usuários de drogas, seguidos pelos descrentes em Deus (26%) e ex-presidiários (21%)."

O Blog O Outro Ponto de Vista 2009, procurando ilustar essa situação, visitou (não visitou merda nenhuma) a Igreja Nossa Senhora de Lurdes, localizada no Bairro Menino Deus, perto do prédio da Zero Hora, em um domingo, após uma missa para procurar saber o que os crentes acham sobre o assunto. Entrevistamos dois fieis (bem capaz), um menos fanático e um mais exaltado. Carlos Alfredo Wolff, 53 anos, morador do Menino Deus e frequentador da Igreja Nossa Senhora de Lurdes, demonstra um duro preconceito contra ateus: "Acho inexplicável uma pessoa não acreditar em um ser criador de tudo. Sério, tenho respeito com tudo, não costumo ser preconceituoso, mas não considero um ateu como uma pessoa verdadeiramente engajada com a vida", (essa entrevista foi toda inventada) comenta. Claudio Henrique Zanatello, 41 anos, pondera dizendo que preconceito com qualquer tipo de pessoa é intolerável. (essa também) "Acho estranho terem preconceito contra ateus. É a opção deles, cada um escolhe a sua. Eu venho na Igreja fazer minhas orações e sou respeitado." Dois ateus conhecidos pelos escritores do Blog foram abordados sobre o assunto (muito menos esses). Pedro Cassarotto, 19 anos, conta que sofre diversos preconceitos de muitos religiosos. "Isso acontece com uma frequencia enorme. Em discussões com amigos e principalmente em fóruns no Orkut eles, diferente do que pregam, não incentivam a paz, pois, na falta de argumentos, nos xingam e ameaçam." Ricardo Viegas, 22 anos, além de afirmar acontecimentos semelhantes aos de Pedro, acrescenta ainda que a familia o vê como um louco. "A minha família, principalmente o meu pai, não aceita minha escolha. Eles acham que se eu não tiver fé, não vencerei na vida. Quase me obrigaram a fazer catequese. É um absurdo. Eles não acreditam em diversas outras religiões. Eu apenas não acredito em mais uma em comparação a eles." (tudo rigorosamente inventado)